sexta-feira, 13 de setembro de 2013

PRIMEIRA TURMA DE POLICIAIS MILITARES FEMININAS DO RN COMPLETA HOJE 23 ANOS DE FORMAÇÃO


Primeira turma de Policiais Militares Femininas do RN completa hoje 23 anos de formação

Elas entraram muito jovens na Polícia Militar do Estado. Apesar do preconceito e dificuldades enfrentadas ao longo de 23 anos, a primeira turma de policiais militares praças femininas comemora mais de duas décadas de atuação, dedicadas à construção do caráter de muitos norte-rio-grandenses, ao combate à violência, e à criminalidade do RN. Unidas e atuantes no policiamento estadual, as policiais militares da turma de 90, denominada “As Pioneiras Potiguares”, dedicam à corporação boa parte da formação de suas condutas pessoais.

“Grande parte do que somos hoje se deve a essa formação adquirida a por mais de 20 anos. Aprendemos a gostar da Polícia Militar e mesmo com as adversidades, procuramos meios alternativos para cumprir o nosso compromisso com a sociedade”, destaca a sargento Célia Lins de Melo, uma das 57 soldados formados na turma de 90, da PM Feminina. Hoje, ela é diretora de Apoio à reserva Remunerada, Pensionistas e Reformados da Associação de Subtenentes e Sargentos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do RN (ASSPMBM/RN). A militar também atua no Comando de Policiamento Metropolitano e desenvolve voluntariamente trabalhos sociais por todo o RN, através do grupo teatral @bsolutas.


Mesmo com atuações importantes no RN, dados da Companhia de Polícia Feminina (CPFEM) do Estado, confirmam a pouca representatividade do efetivo feminino em solo potiguar. Apenas 29 policiais militares femininas trabalham em guarnições, exercendo serviços de policiamento ostensivo. Entre as que estão à disposição, foram cedidas para batalhões, ao Comando de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) ou a órgãos públicos estaduais, o número chega a 183. Tendo em vista a quantidade de policiais militares atuantes no RN, que chega a mais de 9 mil, o espaço feminino na corporação militar é reduzido. E a demanda por essas profissionais não para de aumentar.

“Desde 2004, não é realizado concurso público para policial militar feminina. Tendo em vista a presença de gestantes e de policiais que tiram licença médica, a reposição do efetivo é prejudicada pela falta de pessoal”, explica a sargento Nicelma Santos, que atua na Companhia de Polícia Feminina (CPFEM). A sede da Companhia também apresenta problemas de estrutura. Apenas uma viatura está a disposição das policiais e em época de chuvas, os alagamentos são constantes.

Em reconhecimento à importância das militares estaduais no contexto da segurança pública do RN, a ASSPMBM/RN atribuiu três das funções da diretoria, para policiais militares femininas. Entre elas está o cargo de vice-presidente, ocupado atualmente pela sargento Márcia de Carvalho Fernandes. “A ASSPMBM/RN é a única associação representativa da polícia militar do RN, que conta com a presença de policiais militares femininas na diretoria. Através disso, o nosso objetivo é que elas também possam vir a desenvolver atividades direcionadas ao público feminino na corporação militar, bem como identificar as demandas principais para cobrá-las junto ao Poder Público”, observa sargento Eliabe Marques, presidente da Associação.
 Fonte: ASSPMBMRN

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