Henrique Alves na cessão que aprovou a medida provisória conhecida como MP dos Portos |
Na edição da revista Isto É, que
circula esta semana, o articulista Leonardo Attuch aponta o presidente da
Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Eduardo Alves, como o principal
aliado da presidenta Dilma Rousseff. Ao analisar o episódio da votação da
Medida Provisória dos Portos no Congresso Nacional, Attuch afirma que “na
batalha” o destaque foi Henrique Eduardo. “Uma aula de parlamento” é o título
do artigo.
Segue o artigo na íntegra
“Sem entrar no mérito da medida
provisória dos portos, polêmica por natureza, ela serviu para revelar ao País
quem são os verdadeiros aliados do governo Dilma Rousseff. Vários parlamentares
se destacaram ao longo da batalha, mas nenhum foi tão decisivo quanto o
presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Um homem
que foi achincalhado pela imprensa, sabotado por alas do PT e questionado pelo
próprio Palácio do Planalto, antes de sua eleição para o comando da casa.
À frente de uma maratona histórica, que
consumiu duas sessões em 41 horas de votação, varando duas madrugadas, Alves
mostrou ao País que seus 42 anos de Parlamento, em 11 mandatos consecutivos
como deputado federal, não foram em vão. Hoje, não há ninguém que conheça a
Casa tão bem quanto ele e seu braço direito Mozart Vianna. Uma dupla que sabe
de cor e salteado as minúcias do regimento e comanda a Câmara com respeito aos
direitos das minorias, mas sem deixar de exercer todas as prerrogativas para
fazer prevalecer a vontade da maioria.
A sessão histórica, acompanhada por
milhares de brasileiros, foi uma aula de Parlamento, em que a oposição exerceu
seu direito legítimo de obstruir as votações, levando os deputados ao limite da
exaustão humana. Paciente, perseverante e persistente, Henrique Eduardo Alves
não cassou a palavra de nenhum parlamentar, soube reconhecer eventuais erros e
deu um exemplo público de civilidade. A ele, o governo Dilma deve muito mais do
que um agradecimento. Mas o reconhecimento tardio de que o Brasil tem hoje um
presidente da Câmara à altura do cargo que exerce e, sobretudo, um verdadeiro
aliado num ambiente marcado por traições e deslealdades.”
Fonte: Tribuna
do Norte
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