Jorge Viana defendeu garantia de direitos a mulheres das Forças Armadas
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Da Agência Senado
As mulheres que integram as Forças Armadas terão em breve assegurado em
lei o direito de usufruir de licença-maternidade de seis meses, como já ocorre
com as servidoras públicas civis. O direito é estabelecido no PLC 22/2013,
aprovado nesta quinta-feira (26) pelo Senado, que segue agora para sanção
presidencial.
De autoria da Presidência da República, o projeto regulamenta o direito
à licença-maternidade no âmbito das Forças Armadas. O projeto estabelece não só
o direito à licença-maternidade, mas à licença-paternidade e à licença para
adotantes.
O senador Jorge Viana (PT-AC) disse que a matéria sensibilizou ele e o
presidente do Senado, Renan Calheiros.
— Entendemos que esta é uma
matéria que faz com que a deliberação do Senado se reencontre com os interesses
da sociedade, especialmente o das mulheres — afirmou.
De acordo com o texto aprovado, a militar terá direito a
licença-maternidade de 120 dias, prorrogáveis por mais 60, conforme previsto na
Lei 11.770/2008. A prorrogação já é prevista para todas as servidoras públicas.
A licença começará a contar do parto ou do nono mês de gestação, se for de
interesse da gestante. Se o bebê for prematuro, o prazo contará a partir do
parto.
Em caso de aborto, a militar terá direito a 30 dias de licença para
tratamento da própria saúde. Além disso, a militar gestante terá o direito de
mudar de função quando as condições de saúde exigirem, retornando após o
término da licença.
No caso das adotantes, o projeto garante licença remunerada por 90 dias
à militar que adotar criança com até um ano de idade e por 30 dias quando se
tratar de criança com mais de um ano. Já o militar que for pai, ou adotar uma
criança, terá direito a licença de cinco dias seguidos.
O projeto estabelece ainda que, durante o período de amamentação do
próprio filho, até que este complete seis meses de idade, a militar terá
direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser
parcelada em dois períodos de meia hora.
A aprovação do projeto foi apoiada por diversos senadores em plenário,
entre eles José Pimentel (PT-CE), Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), Lúcia Vânia
(PSDB-GO) e Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Jorge Viana lembrou que, atualmente, as militares só têm direito a
quatro meses de licença, enquanto as servidoras civis usufruem dos seis meses.
Pimentel classificou a aprovação da proposta como uma “correção nos direitos
das mulheres das Forças Armadas”. Para ambos, é essencial que o país garanta os
mesmos direitos das mães civis para as mães militares.
Randolfe acrescentou que já está comprovado cientificamente que apenas
quatro meses de licença são insuficientes para um adequado cuidado do bebê.
Lúcia Vânia disse que proteger a maternidade significa respeitar os direitos
humanos e os direitos de família. Gleisi Hoffmann comemorou o fato de "a
grande conquista” da licença-maternidade de seis meses estar sendo estendida às
mulheres militares.
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