sexta-feira, 24 de maio de 2013

BATE PAPO COM O NOVO DELEGADO GERAL DA POLÍCIA CIVIL DO RN

Ricardo Sérgio assume Degepol

Implantar um modelo de gestão com acompanhamento constante do que se produz nas unidades policiais. É com esse direcionamento que o delegado Ricardo Sérgio Costa de Oliveira, assume hoje o posto de Delegado Geral da Polícia Civil do Rio Grande do Norte.

Casado, pai de três filhos, 50 anos, 23 deles dedicados à instituição. Ricardo Sérgio disse que aceitou o convite de conduzir a Degepol sem impor nenhuma condição à governadora Rosalba Ciarlini e secretário de Segurança Pública, Aldair da Rocha. Porém, teve garantias de alguns “compromissos” seriam cumpridos. “Tanto a governadora como o secretário de Segurança me disseram que iriam dar total apoio à nossa administração. Foi dessa forma que fui recebido. Não é um apoio geral e irrestrito. É um apoio que leva em conta as condições que o Governo passa”, colocou.
O novo delegado geral assume o posto deixado, na última segunda-feira, por Fábio Rogério, que foi exonerado pela governadora Rosalba. Outras mudanças vão ocorrer no primeiro escalão da Polícia Civil do Estado. 

“Haverá mudanças para se adequar ao perfil de administração que eu tenho, mas estamos estudando. Temos que cuidar das investigações que estão em andamento”, explicou Ricardo Sérgio. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o delegado pontuou as metas que deseja atingir e explicou como vai conseguir mudar o cenário de sucateamento das delegacias.


Bate-papo

Como melhorar a estrutura física das delegacias?


A gente sabe que a estrutura física demanda, hoje, ações por parte do Governo. É por isso mesmo que o Governo está com o projeto que é o “RN Sustentável”, através do Banco Mundial, onde serão aplicados 16 milhões de dólares em toda estrutura de informática da polícia civil. Fora desse programa, será feito reformas nas delegacias. Seis delegacias estão com as reformas garantidas. Numa delas, a 6ª DP, o trabalho já começou. Também existe o programa “Brasil Mais Seguro”. Há uma soma de recursos, que está para chegar, que vai fazer com que o cenário atual da Polícia Civil seja alterado.

Quais as prioridades?

Já elaborei algumas metas. Uma delas é potencializar as investigações e operações policiais através do gerenciamento, supervisão e apoio. Tudo isso será feito ouvindo os policiais para saber o que é que eles querem que seja feito. Queremos implantar o inquérito virtual. Criar uma central de inquéritos policiais para tratar do passivo institucional.

E a divisão de homicídios?
Ela é prioridade e é um dos compromissos que eu firmei. Não foi uma condição, mas um dos compromissos que firmei com o Governo do Estado. Ela vai acontecer.

Qual seu posicionamento sobre a discussão da PEC37?

Se você  verificar o ordenamento jurídico brasileiro, vai ver que só quem pode fazer investigação criminal é a polícia judiciária. A discussão está desfocada. O MP tem investigação seletiva, atemporal e sem controle, porque o MP não tem submissão a nenhum órgão de controle.
Por Roberto Lucena 

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