O comando de greve da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) se reúne hoje para marcar data da próxima assembleia dos servidores em greve há mais de cem dias. A reunião avaliará encaminhamentos da paralisação e informará à categoria sobre a tramitação do pedido de ilegalidade da greve na Justiça.
A ilegalidade foi pedida pelo Governo do Estado. O presidente da Associação dos Docentes da Uern (Aduern), professor Flaubert Torquato, diz que o momento é esperar o posicionamento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ/RN), que analisa o pedido de ilegalidade e abusividade da paralisação na Uern.
Segundo Flaubert, espera-se que o Tribunal atenda ao pedido da Assessoria Jurídica da Aduern de audiência de conciliação, na tentativa de mais um acordo com o Governo do Estado. Caso haja essa audiência, mas não exista acordo, caberá ao Tribunal de Justiça decidir se a greve é ilegal ou não.
O advogado Lindocastro Nogueira, assessor jurídico da Aduern, informa que o sindicato encaminhou esclarecimentos sobre a greve dentro do prazo estipulado pelo Tribunal, que não concedeu liminar determinando a imediata suspensão da greve, como pediu o Governo, mas abriu prazo para ouvir as duas partes.
Entre os pontos em consenso está a proposta do Governo, feita em agosto após várias negociações, de reajuste escalonado em três anos: 10,65% em 2012 e duas parcelas de 7,65% em 2013 e 2014. Os professores e técnicos aceitaram, mas pediram que o percentual fosse acrescido da inflação do período.
O governo nãoaceitou e teve início o último impasse para fim da paralisação. Em contraproposta, os servidores pediram 14% em 2012 para terminar a greve, o que também foi negado pelo governo que mantém a proposta inicial. Esse impasse levou a greve à esfera judicial.
Fonte: O Mossoroense
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