Nos últimos dias, mulheres relataram à
Polícia Civil de Parnamirim terem sido vítimas de estupros em um matagal
próximo ao aeroporto Augusto Severo. O modus
operandi era o mesmo. Um homem em uma motocicleta, armado com uma faca,
obrigava as vítimas a subirem na garupa sob o argumento de que ele precisaria
de ajuda para fugir da polícia e, caso as vítimas não ajudassem, seriam mortas.
Depois de colocar um capacete cor-de-rosa na mulher, o estuprador levava a
vítima para um matagal, por trás do Posto Dudu.
Com base nas informações das vítimas,
policiais da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM) foram até o
ponto onde o criminoso costumava levar as vítimas e montaram campana durante a
noite de ontem. Por volta das 21h30, o criminoso chegou acompanhado de uma
mulher. Foi quando ocorreu a prisão em flagrante.
Ainda vestidos, o homem, de acordo com
a Polícia Civil, já estava obrigando a mulher a fazer sexo oral nele. Porém, ao
ouvir uma pessoa falando ao telefone celular, o criminoso partiu em direção aos
policiais, que estavam em contato com a delegacia. Os policiais dominaram o
suspeito em seguida. Já com o suspeito imobilizado, a mulher de 20 anos
confirmou que estava no local contra a vontade e o estudante, identificado como
Rodrigo César da Silva Costa, confirmou o crime.
De acordo com a vítima, ela foi
abordada na passarela em frente à JR Caminhões, que era o mesmo local onde as
demais vítimas foram sequestradas pelo criminoso. Ela disse que o suspeito
afirmou que fugia da polícia e, caso ela não subisse na motocicleta para ajudar
a despistar os policiais, ela seria morta. Em seguida, a vítima foi levada para
o matagal.
O chefe de investigações da DEAM de
Parnamirim, Adonis Azevedo, explicou que Rodrigo César, que atualmente
trabalhava como porteiro de um prédio na Avenida Prudente de Morais, no bairro
do Tirol, em Natal, passou quatro anos servindo na Aeronáutica. Por isso,
conhecia bem a área onde ocorriam os crimes, que é próxima à Base Aérea.
"Era um matagal fechado, escuro e sem movimento de pessoas",
explicou.
Interrogado pelos policiais, o suspeito
confirmou que já havia cometido outros dois estupros no mesmo local, negando a
autoria de outros dois. Porém, o chefe de investigações disse que as vítimas
farão o reconhecimento para saber se ele foi o autor dos crimes.
O estudante de Direito, que não tinha
passagem pela polícia, segue isolado dos demais detentos até que ocorra o
reconhecimento das demais vítimas. Ainda não há a definição quanto ao local
onde o suspeito ficará custodiado.
Fonte: Tribuna do Norte
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