Para o
pleito municipal de 2012 no Rio Grande do Norte, um sacerdote deverá entrar na
carreira política e disputar as eleições majoritárias no município de Extremoz,
região metropolitana de Natal. O padre Edilson do Nascimento Lima, atual
vigário paroquial de Nossa Senhora de Fátima, em Parnamirim, será lançado como
candidato a vice-prefeito.
“Tive
uma primeira conversa com Dom Jaime Vieira e manifestei este desejo de entrar
na política, estou ciente das consequências de ficar afastado do ministério da
ordem durante o período da atividade política”, disse padre Edilson.
O padre
que é natural de Extremoz e atuou durante alguns anos como pároco do município,
é filiado ao partido dos Democratas e nos próximos dias será oficializado como
vice na chapa do atual prefeito Klaus Rêgo (PMDB).
O
vigário geral da Arquidiocese de Natal, o padre Edilson Nobre explicou que a
igreja não autoriza a compatibilidade do exercício de padre e político, pelos
membros do clero. “Não há como impedir que o padre faça parte de um partido e
entre na vida política, porém durante esse período eleitoral e até caso venha a
tomar posse de um cargo político, não poderá haver compatibilidade com o
ministério sacerdotal”, explicou o vigário.
Outros casos
No
interior do Estado, no município de Jardim do Seridó, área de responsabilidade
da Diocese de Caicó o padre Jocimar Dantas (PMDB) é o atual prefeito, mas não
faz uso da ordem e não está autorizado a assumir trabalhos em uma paróquia.
Em
Natal outro padre chegou a ser cotado para compor chapa política para as
eleições. O padre Antônio Nunes, pároco no bairro de Neópolis, filiado ao
Partido da República (PR) chegou a ser cotado como possível vice-prefeito do
candidato Hermano Morais, mas após orientação do arcebispo, preferiu não
contrariar a Igreja. “Minha decisão é a decisão da Igreja, vou continuar na
paróquia”, disse padre Nunes.
O
vigário geral afirmou que nos próximos dias, o arcebispo de Natal Dom Jaime
Vieira Rocha deverá lançar uma nota oficial aos sacerdotes e a imprensa
explicando o posicionamento da Igreja Católica durante o período eleitoral. “A
igreja não vê a política com maus olhos, incentiva os fiéis a buscarem seus
direitos e a transformarem o cenário atual através da política, porém não há
como o padre assistir a comunidade e a atividade política simultaneamente”,
afirmou padre Edilson.
Fonte: DN
Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.