A governadora Rosalba Ciarlini não
terá o apoio do Democratas caso queira ser candidata à reeleição. Isso porque o
senador José Agripino, presidente nacional do partido, decidiu que o DEM estará
com Henrique Eduardo Alves (PMDB) na disputa pelo Governo do Estado, como forma
de priorizar a candidatura dos deputados estaduais (José Adécio, Leonardo
Nogueira e Getúlio Rêgo) e do federal (Felipe Maia) nas eleições gerais de
outubro próximo.
A confirmação dessa decisão de
Agripino teria sido dada a Henrique na noite desta quinta-feira (22), quando o
senador esteve em evento na cidade de João Câmara ao lado da chapa encabeçada
pelo peemedebista – e que conta também com Wilma de Faria (PSB) para o Senado e
João Maia (PR) para vice. Faltaria, para o anúncio oficial, que só deverá
acontecer na manhã do dia 2 de junho, quando a sigla vai se reunir e apontar
quais são seus rumos para 2014.
Bem antes disso, na manhã de hoje,
para ser mais exato, Rosalba e José Agripino já teriam se encontrado na casa do
senador, em Natal, e conversado sobre o pleito de outubro próximo. Agripino
aproveitou o encontro para antecipar à governadora que deve confirmar o apoio a
Henrique, como forma de priorizar a aliança proporcional. O encontro teria tido
a presença também de Felipe Maia (que já havia se reunido com Rosalba nesta
semana), Getúlio Rêgo e José Adécio.
Mesmo sem comunicado oficial, em João
Câmara já havia ficado clara a vontade de Agripino de buscar a aliança com os
peemedebistas. No discurso, o senador, praticamente, repetiu o que tem pregado
Henrique, que a união é o melhor caminho para o RN. “O Rio Grande do Norte é um
estado pequeno, cheio de problemas e precisa contar com a união das forças dos
homens e das mulheres que, realmente, tem força para trazer de Brasília a
solução para os nossos problemas”, disse Agripino, durante a inauguração do
Centro de Abastecimento Municipal Luiz Antônio Vieira da Câmara, o novo mercado
público da cidade.
Além disso, é importante lembrar que
na entrevista concedida ao portalnoar.com na semana passada, o próprio Henrique
Alves já tinha dito que estava “esperando” o DEM resolver suas questões
internas e não descartou receber o apoio. “A questão do DEM, até por respeito
ao presidente nacional, o senador José Agripino, estamos aguardando que o
partido resolva lá seus problemas, tem a candidatura da governadora Rosalba que
não sei como ela vai caminhar, mas acho que é hora de respeitar o partido, que
vai ter sua discussão interna, definir seu caminho e, portanto, não tenho nada
a acrescentar”, afirmou o pré-candidato ao Governo.
Motivações
Não é por acaso que o DEM deverá largar Rosalba Ciarlini, sua única governadora atualmente. Além das qualidades e influência de Henrique como presidente da Câmara dos Deputados, apoiar o PMDB significa, para o Democratas, a chance de manter seus espaços conquistas nas casas legislativas estadual e federal. Isso porque, na aliança de Henrique, o partido de Agripino poderia se aliar ao PSDB e a outros partidos “irmãos”, possibilitando a conquista de um coeficiente maior, que permitiria eleger mais nomes.
A outra opção que o DEM teria além de
apoiar Henrique seria continuar ao lado de Rosalba Ciarlini, contudo, a
governadora, além de sofrer com um alto índice de rejeição, amarga também
condenações na Justiça Eleitoral que a tornaram inelegível por oito anos. Dessa
forma, para ser candidata, Rosalba teria que reverter judicial as condenações
sofridas no Tribunal Regional Eleitoral.
Além disso, a essa altura da disputa
eleitoral, se lançar Rosalba candidata, o DEM deverá ter o apoio apenas do PP
e, talvez, do PMN, rendendo a ela pouco tempo de televisão e, também, uma
considerável falta de opção para as chapas proporcionais, dificultando a
reeleição de seus parlamentares.
Trocando em miúdos, escolhido o PMDB,
o DEM está preferindo ter um pássaro na mão (a reeleição dos deputados), do que
ver dois voando (reeleger Rosalba e, talvez, os seus parlamentares).
Do BLOG NO FOCO DAS
NOTÍCIAS
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