O escândalo dos
precatórios do TJRN – Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte - chama a
atenção da imprensa e repercuti na mídia em geral. Nesse domingo 13 de maio de
2012, a mais popular transmissora de comunicação aberta, Rede Globo de
televisões, traz detalhes de como ocorreu às fraudes, bem como publicara
entrevistas com personagens chaves no esquema. A reportagem será apresentada
pelo Programa Fantástico e certamente terá sucesso na audiência, devido às
peculiaridades do caso, bem como o conveniente horário de apresentação.
As apropriações ilícitas dos
precatórios, de acordo com as investigações, ocorreram exclusivamente durante a
presidência dos desembargadores: Osvaldo Soares da Cruz e Rafael Godeiro,
atualmente ex-presidentes e membros afastados da corte. O Ministério Público ao
tomar conhecimento dos fatos providenciou diligências e diante das evidências
de autoria e materialidade construiu lastro probatório suficiente para embasar
a denúncia contra os envolvidos no esquema. Por ter foro privilegiado os
desembargadores serão ouvidos pelos tribunais superiores, onde certamente irão
ocorrer todas as instruções processuais necessárias, bem como quaisquer
recursos cabíveis.
Em entrevista concedida aos repórtes a
chefe da divisão de precatórios do RN,Carla Ubarana Leal, detalha
pacientemente como ocorriam às fraudes e afirma:“Eu não fiz só, e nem
poderia fazer sozinha, porque eu não tenho autonomia”. A abertura do
caso em nível nacional/internacional demonstra a toda sociedade, que nem mesmo,
aqueles que se dizem conhecedor do Direito e promovente da Justiça, ficam de
fora de condutas criminosas intrínsecas à personalidade de determinados
sujeitos, o caso em si, assim como outros denunciados pela mídia ao longo da
história negra desse país, nos leva a conclusão de que a criminalidade não tem
cor nem grupo socioeconômico específico. Resta agora saber se o rigor e as
penalizações irão acontecer nas mesmas proporções ou não. O que nesse caso só o
tempo poderá nos responder com mais propriedade.
Atualmente, o processo tramita no STJ
– Superior Tribunal de Justiça – tendo como relator o ministro César Asfor. As
últimas decisões tomadas na tentativa de esclarecer os fatos apontados pelos
órgãos responsáveis pelas investigações. A saber: Tribunal de Justiça do
RN (TJRN), através da sindicância interna; Tribunal de Contas do Estado do RN
(TCE-RN) e pelo Ministério Público do RN (MP-RN). Concederam provimentos a
todos os pedidos formulados na peça acusatória inicial, dessa forma, foi
autorizada a quebra dos sigilos: fiscal, bancário e telefônico para facilitar a
elucidação das acusações impostas aos mesmos. O processo segue em instrução, a
fim de colher provas suficientes a condenação pelos ilícitos supostamente
praticados.
Fonte: Cidadania em Erupção
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