MORADORES DO
RIO GRANDE DO NORTE SOFREM COM A PRECARIEDADE DA SAÚDE
Os médicos fizeram fotos de um parto
feito no último dia 13, no Hospital Santa Catarina, o segundo maior do Rio
Grande do Norte. Por falta de macas, a paciente foi atendida no chão.
No Walfredo Gurgel, o principal
hospital de urgência e emergência do estado, oficialmente existem 284 leitos e
mais 120 macas com pacientes atendidos precariamente nos corredores.
Em imagens feitas por um médico, o
próprio doente está bombeando a ventilação mecânica. Além de leitos, faltam
medicamentos e materiais básicos. Na semana passada, um médico teve de parar
uma cirurgia cardíaca no meio. O procedimento só terminou no dia seguinte,
depois que o hospital conseguiu fio de aço emprestado.
O chefe do setor de queimados reclama
da falta de medicamentos. “É uma pomada que se usa no curativo dos queimados,
que não tendo essa pomada o índice de infecção aumenta muito”, explica Edilson
Carlos de Souza, chefe do Setor de Queimados.
Até nas unidades de terapia intensiva
UTIs faltam medicamentos.”Tem faltado antibióticos, alguns materiais para
punção venosa”, conta Hylana Lopes, enfermeira da UTI.
Na farmácia central, os espaços
vazios nas prateleiras atestam o desabastecimento. Hoje a farmácia que atende
todo Walfredo Gurgel opera com menos de 50% dos itens indispensáveis para a
rotina do maior hospital de urgência e emergência do estado. Cerca de dez tipos
de antibióticos estão em falta. Nesta quinta-feira, o hospital estava sem soro
fisiológico.
“A gente já solicitou empréstimo a
outros hospitais até o nosso chegar. Assim a gente vive”, diz Carla Magalhães,
gerente da Divisão de Farmácia.
De acordo com Carla Magalhães, chefe
do setor de farmácia, hoje ainda faltam
18 tipos de antibióticos no hospital.
Fonte: G1.com.br
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