O ano de 2011 foi um dos piores para a Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte. Durante o ano de 2011 foram mortos 14 policiais militares, contabilizando uma média de 1,1 policiais mortos.
Os crimes contra policiais militares vêm aumentando, quer seja de serviço ou fora dele, preocupando a categoria policial militar que taxou o ano de 2011 como um dos piores em termo de “baixas”, expressão militar que significa PMs mortos em combate.
O último caso de policial assassinado neste ano foi o do Soldado PM Ramalho, lotado no 4º Batalhão de Polícia Militar, que foi surpreendido por dois elementos quando saía de serviço e se deslocava para a residência de uma conhecida ainda fardado.
O Soldado Ramalho foi formado no Centro de Formação e Aperfeiçoamento da Polícia Militar (CFAPM) e possuía apenas dois anos de efetivo serviço na Corporação, tendo sua vida ceifada aos 25 anos de idade e sendo lembrado pelos seus familiares e amigos por sua alegria que contagiava a todos.
Na ocasião a Polícia Militar emitiu uma Nota de Pesar pelo falecimento do Soldado PM Antônio Carlos Ramalho, afirmando que “A Polícia Militar perde mais um defensor da ordem pública que jurou servir e proteger a sociedade mesmo com o risco da própria vida”.
O caso do Soldado Ramalho contabiliza o décimo quarto policial militar morto no Estado neste ano de 2011, dobrando os números de casos de policiais militares mortos no ano de 2010.
O cabo Jeoás Nascimento presidente da Associação de Cabos e Soldados “ACS” ressaltou que vários policiais morreram em serviço ou em decorrência do serviço somente este ano. Entre as 14 mortes de PMs registradas no ano de 2011, o cabo afirma que dois deles foram por acidente de trânsito com a viatura da corporação. Dois desses também eram militares da reserva, trabalhando como guardas patrimoniais.
Outros dois eram policiais licenciados de suas funções. "Ao todo, foram 10 policiais mortos em serviço".
O soldado Ramalho tinha acabado de sair de serviço, por volta das 21h, quando foi se encontrar com uma jovem que conhecera à tarde. "Eles tinham combinado de ir a uma festa em Ceará-Mirim. O soldado estava conversando com a garota na frente da casa dela.
Dois suspeitos estavam na calçada em frente e, quando viram Ramalho, o abordaram e anunciaram um assalto. Ele disse que eles podiam levar o que quisessem. Quando ele se virou, porém, eles atiraram". Logo após o crime, os dois suspeitos fugiram do local, sem deixar pistas.
O cabo PM disse que no caso do soldado não ficou clara a motivação do crime, que foi investigado pela delegacia de São Gonçalo do Amarante. "Há informações de que eles atiraram por terem notado que o soldado estava usando a calça e o coturno da corporação.
Outros dizem que o acusado conhecido por “Biro-Biro” seria ex-namorado da garota com quem Ramalho foi se encontrar e fez isso por ciúmes. Mas nada está confirmado ainda".
Por Antônio Adriano
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