A vigência obrigatória do novo Acordo Ortográfico da
Língua Portuguesa poderá ser adiada por mais três anos, de acordo com proposta
do Ministério das Relações Exteriores. A implementação integral da nova
ortografia estava prevista para a próxima terça-feira, 1º de janeiro de 2013,
contudo, o Governo Federal pretende adiá-la para 1º de janeiro de 2016, com o objetivo
de alinhar o cronograma brasileiro com o de outros países, como Portugal.
Na opinião da professora de língua portuguesa Márcia
Felipe, a ampliação do prazo não é necessária, uma vez que desde 2008, ano em
que o Acordo foi assinado com a intenção de unificar as regras do português
escrito em todos os países que têm a língua portuguesa com idioma oficial, as
instituições de ensino começaram a adotar as novas regras em sala de aula. “Já
vínhamos passando por um processo de adaptação, utilizando as novas regras em
aulas. Não vejo necessidade desse novo prazo”, enfatiza a educadora.
Com a reforma ortográfica, a grafia de a p r o x i m a
d a m e n t e 0,5% das palavras em português teve alterações propostas, a
exemplo de ideia, crêem e bilíngüe, que, com a obrigatoriedade do uso do novo
Acordo Ortográfico, passaram a ser escritas sem o acento circunflexo, agudo e
trema, respectivamente.
Segundo a professora Márcia Felipe, essas alterações estão
sendo assimiladas com maior facilidade entre as crianças. “É mais fácil para
elas assimilarem as novas regras, do que para nós, que há muitos anos vínhamos
estudando outras normas.
Em minhas aulas, utilizo aquilo que foi definido na
reforma, mas não digo aos meus alunos que essas regras são novas, e passaram por
alterações, até mesmo para não confundi-los. Eles se apropriam naturalmente”,
destaca a docente.
Com o possível adiamento, tanto a ortografia atual
quanto a prevista são aceitas, ou seja, a utilização das novas regras continua sendo
opcional até que a reforma ortográfica entre em vigor oficialmente. A minuta do
decreto de adiamento, produzida pelo Itamaraty com o objetivo dar um prazo
maior de adaptação das pessoas à nova ortografia, passará pela área jurídica da
Casa Civil e seguirá para apreciação e assinatura da presidenta Dilma Rousseff.
Contudo, a prorrogação só será validada se o decreto presidencial for assinado
até amanhã, 31.
Fonte: O Mossoroense
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