Os
senadores aprovaram, por unanimidade, a Proposta de Emenda Constitucional que
autoriza os médicos de carreira militar a trabalharem para o Sistema Único de
Saúde (SUS). Pela PEC 122/2011, os profissionais de
saúde de Exército, Marinha e Aeronáutica poderão acumular o cargo com funções
na rede pública, em horários alternativos e fins de semana em plantão.
Para
acelerar a aprovação da matéria, os senadores dispensaram o interstício
previsto na Constituição para a aprovação de PECs, realizando os dois turnos de
votação nesta quarta-feira (7).
O
relator foi o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ). O texto é do senador licenciado
Marcelo Crivella (PRB-RJ), de quem Lopes é suplente. A expectativa do governo é
que seis mil médicos da carreira militar sejam contratados pelas prefeituras e
governos estaduais.
Os
hospitais militares já cumprem um papel muito importante. Com a aprovação da
PEC 122/2011, um médico militar poderá atender a população também em hospitais
públicos da região. Com isso, teremos mais médicos tanto na atenção básica,
quanto especialistas - afirmou o relator.
A
votação foi acompanhada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O presidente
da Casa, Renan Calheiros, agradeceu pela presença de Padilha no Plenário, mas
lembrou que a iniciativa, que deve aumentar o contingente de médicos atendendo
a população, foi do Senado Federal.
Vários
parlamentares elogiaram a proposta, mas alguns, como o senador José Agripino
(DEM-RN), lembraram que a medida não soluciona os problemas que a saúde pública
no país enfrenta.
A
matéria ainda precisa passar ainda por dois turnos de votação na Câmara dos
Deputados. O ministro já se reuniu com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo
Alves, para pedir apoio à PEC. O governo tem interesse em aprovar rapidamente a
matéria. “É mais uma iniciativa nesse esforço de levarmos mais médicos para a
população, sobretudo nos municípios em que não temos profissionais de saúde
atendendo aos cidadãos”, disse o ministro, se referindo a outra iniciativa do
governo, o Programa Mais Médicos, que vem sendo questionado pelas principais
entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina e que enfrenta
dificuldades para ter sua análise iniciada formalmente pelo Congresso.
Com informações da Agência Brasil
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