Odilon Teodósio ocupava cargo de Diretor de Polícia da
Grande Natal. Adjunto foi filmado usando carro policial para dar aulas em universidade.
O diretor de Polícia da
Grande Natal (Dpgran), delegado Odilon Teodósio dos Santos Filho, foi afastado
do cargo na manhã desta quarta-feira (22) após a veiculação de um vídeo onde
ele aparece usando um carro da polícia para ir a um restaurante e a um motel
com uma adolescente.
A Corregedoria da Secretaria Estadual de Segurança Pública
e Defesa Social (Sesed) e o Ministério Público do Rio Grande do
Norte investigam se houve improbidade administrativa por parte do
delegado. Procurado pelo G1, Odilon Teodósio limitou-se a dizer que
a denúncia é falsa.
Além de Odilon, o adjunto
dele, Alexandro Gomes dos Santos, também foi afastado do cargo. Ele foi filmado
usando o carro da polícia para ir a uma faculdade particular de Natal onde
é professor.
O delegado-geral adjunto de
Polícia Civil, Adson Kepler Monteiro Maia, disse que os dois delegados pediram
afastamento dos cargos. "Eles solicitaram para deixar as funções que
ocupavam para garantir a lisura das investigações. A Delegacia Geral já
solicitou que a Corregedoria de Polícia apure essa denúncia. O que posso
afirmar é que essa não é uma prática usual da Polícia Civil do Rio Grande do
Norte", falou.
O carro usado por Odilon Teodósio para ir a um restaurante e a um motel é um Ford Fiesta branco de placas NNY-0273, registrado no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) em nome da Polícia Civil e que deveria ser usado "estritamente em serviço reservado de caráter policial", conforme documento expedido pelo Detran.
O delegado Adson Kepler disse que a corregedoria deverá ouvir Odilon Teodósio, a mulher filmada com ele, e Alexandro Santos.
O mesmo procedimento será
adotado pelo Ministério Público. O promotor do Patrimônio Público Paulo Lopes
Batista disse que a denúncia de mau uso de carros de polícia por partes dos
delegados já chegou ao MP. "A denúncia já está aqui conosco. Houve a distribuição
e eu fui sorteado para analisar se devemos ou não instaurar um inquérito civil.
Somente com o decorrer das investigações é que poderemos dizer se houve ou não
improbidade administrativa e que tipo de punição poderia ser dada aos
delegados".
DO G1/RN
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