Secretaria de Segurança pediu informações à polícia do Rio de Janeiro.
Festa em Queimadas terminou com seis estupros e duas mortes.
Os dois irmãos de 28 e 22 anos apontados pela Polícia Civil como mentores de uma festa ocorrida em Queimadas, na Paraíba, onde aconteceram seis estupros e duas mortes, seriam procurados pela polícia no Rio de Janeiro. Segundo o delegado Kelsen Vasconcelos, coordenador regional da Polícia Civil de Campina Grande, ambos seriam ex-moradores da favela da Rocinha, onde teriam participação em dois assassinatos. Ele informou que a Gerência de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública paraibana solicitou informações ao órgão competente no Rio para investigar as suspeitas de envolvimento em crimes na região.
Conforme o delegado, as denúncias sobre a atuação dos irmãos cariocas em outros crimes foram feitas em depoimentos durante as apurações do caso de Queimadas. Ele explicou que o alto padrão de vida dos irmãos, com carros e motocicletas de luxo, não corresponde com o emprego e a renda que os suspeitos declararam ter, o que levantou desconfiança quanto à origem do patrimônio.
Segundo Kelsen Vasconcelos, eles são naturais do Rio de Janeiro e estavam morando há cerca de nove meses em Queimadas, onde têm parentes. Eles teriam justificado que o dinheiro seria enviado pelos pais.
Nas investigações conjuntas, o delegado de Queimadas, Fernando Zoccola, apura se os dois têm envolvimento em assaltos, homicídios e falsidade ideológica no Agreste paraibano.
Adolescentes transferidos
Das pessoas detidas por suspeita de envolvimento nos estupros e mortes em Queimadas, sete homens continuam na carceragem da Central de Polícia e três adolescentes foram transferidos na terça-feira (14) para o Lar do Garoto, em Lagoa Seca. No mesmo dia, a delegada de Homicídios de Campina Grande, Cassandra Duarte, concluiu os interrogatórios. A previsão é de que os sete adultos sejam levados para o Completo Penitenciário do Serrotão nesta quarta-feira (15).
Em entrevista à TV Paraíba, Cassandra Duarte declarou que nove detidos confessaram participação nos crimes. O único que negou todas as denúncias foi um dos irmãos, morador da casa onde tudo aconteceu. "Apesar disso, ele é o suspeito de planejar e de matar as duas mulheres", informou a investigadora.
Entenda o caso
Na madrugada do domingo (12), durante uma festa de aniversário, homens vestindo capuzes e um mascarado invadiram uma casa e prenderam as mulheres convidadas em um quarto. Elas foram amarradas amordaçadas, vendadas e, seis delas, estupradas.
Duas delas conseguiram reconhecer o aniversariante como um de seus agressores e, por conta disso, foram separadas do grupo e levadas de carro até um local ermo, onde uma delas foi executada. A outra tentou fugir do carro e acabou sendo assassinada no meio da rua, ainda na cidade.
Fonte: g1.com
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