O Plenário do Senado deve
votar, nesta semana, em segundo turno, a PEC do voto aberto (PEC
43/2013). A proposta foi aprovada no dia 13 de novembro, em primeiro turno,
e já estava pronta para ser votada na última quarta-feira (20), mas os líderes
partidários propuseram um adiamento da votação em função da sessão do Congresso
Nacional que estava marcada para o mesmo dia e da falta de quórum no Senado.
Na ocasião, o senador Alvaro
Dias (PSDB-PR) previu que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)
adiaria a votação, já que vários senadores se encontravam em viagens oficiais e
o Plenário estava vazio.
- Dezesseis senadores estão
em viagem oficial. Há uma reunião do Conselho Político do governo e isso
esvazia o Plenário. Deve ser adiada a votação – argumentou Alvaro na
quarta-feira.
Diante da dificuldade de um entendimento
sobre o mérito da matéria, o senador Mário Couto (PSDB-PA) chamou a atenção
para a necessidade de os parlamentares se abrirem para alguma negociação e, com
isso, obterem algum avanço.
- Já se sentia que nós não
conseguiríamos o voto aberto total. Então, pelo menos um avanço de 80% já seria
uma grande vitória da minoria e da oposição – afirmou.
O senador Walter Pinheiro
(PT-BA) disse que a proposta é uma questão fundamental a ser resolvida e
sugeriu aos senadores que, independente de qualquer outra questão, comecem a
ordem do dia da próxima terça-feira (26) com a votação em segundo turno da PEC
do Voto Aberto.
- É uma questão fundamental.
Vamos para o painel, para o voto, não tem mais jeito. Com quórum ou sem quórum,
com senador viajando, com senador em missão oficial, seja lá o que for,
terça-feira a gente tem que apreciar essa matéria – afirmou.
A proibição do voto secreto
vale tanto para as possibilidades previstas na Constituição, como escolha de
autoridades, exame de vetos presidenciais e cassação de mandatos parlamentares,
quanto para as votações reservadas estabelecidas pelos Regimentos Internos do
Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Senado Federal, assembleias
legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e câmaras dos vereadores.
Um exemplo dessa situação são as votações para a escolha dos membros das Mesas
da Câmara e do Senado.
A PEC 43/2013 foi
apresentada pelo ex-deputado Luiz Antonio Fleury e já passou pela Câmara dos
Deputados. Se aprovada em segundo turno pelo Senado sem modificações, a
proposta seguirá direto para a promulgação.
Fonte: Agência Senado
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