Familiares de Alisson e Márcio Torquato se encontram em Umarizal colhendo informações sobre as mortes.
Alisson e Márcio |
Os familiares de Alisson Maxuel Torquato Cosme, 28, e Antônio Márcio Torquato Cosme, 27, mantiveram contato com os proprietários do comércio que foi assaltado em Umarizal. Eles fizeram uma revelação importante sobre a morte dos irmãos. Segundo os comerciantes, o assalto não foi praticado pela dupla.
De acordo com o cunhado de Alisson, Fábio Igor Soares, 32, a proprietária do mercadinho que foi assaltado em Umarizal disse o seguinte: “Esses meninos que estão aí no jornal morreram inocentes, porque não foram eles que assaltaram aqui, não. Quem roubou aqui foi um homem que estava a pé e não era nenhum desses dois”.
Fábio adiantou por telefone à GAZETA que foi a Umarizal para resgatar o carro das vítimas. “Nós estamos aqui para levar o carro dos meninos e aproveitamos para saber o que realmente aconteceu no dia da tragédia. Isso que a comerciante falou só vem confirmar o que nós já esperávamos”, ressaltou.
INQUÉRITO POLICIAL – A investigação para compor o inquérito policial sobre as mortes dos irmãos Alisson e Márcio Torquato será conduzida pelo delegado da comarca de Patu Getúlio de Medeiros. Em contato com a reportagem hoje por telefone, o delegado adiantou que está reunindo todos os detalhes referentes a este caso e que precisará ouvir algumas pessoas e analisar documentos para poder emitir algum parecer.
Getúlio de Medeiros disse que tudo o que teve acesso inicialmente foi de uma operação policial para capturar assaltantes que estavam agindo na região e que a dupla foi morta em um confronto com policiais após furar um bloqueio feito entre Umarizal e Lucrécia. O delegado acrescentou que foi informado que uma dupla havia sido baleada e socorrida pelos policiais, mas que os dois não resistiram e morreram ao dar entrada na unidade de saúde.
O delegado ressaltou também que foi informado pelos policiais que atuaram na operação que a dupla não portava qualquer documento e não tinham qualquer identificação. “O que tomei conhecimento é que uma dupla havia furado um cerco policial, foi perseguida e um dos integrantes portava um revólver calibre 38 e atirou contra os policiais, que revidaram, ferindo os suspeitos”, explicou.
Segundo Getúlio de Medeiros somente no dia seguinte ficou sabendo que as vítimas eram comerciantes de Mossoró. Quanto à informação de que os disparos que atingiram os irmãos foram efetuados à queima roupa, o delegado disse que ainda não teve acesso a qualquer documento oficial do ITEP, mas que vai se empenhar para esclarecer todos os detalhes desta operação que resultou na morte de duas pessoas. “Fui designado para conduzir este inquérito e vou me empenhar ao máximo para que a verdade seja revelada”, frisou.
PROCESSO ADMINISTRATIVO – Quanto aos policias que atuaram na operação que resultou na morte dos irmãos, segundo o comandante da Polícia Militar de Pau dos Ferros, tenente-coronel Romualdo Borges Farias, está sendo aberto um processo administrativo para apurar as circunstâncias da operação.
De acordo com o comandante que é responsável pelo efetivo quer atua na região, incluindo o grupo que fez o trabalho ostensivo em Umarizal na quarta-feira, 21, estavam atuando no dia em que os irmãos morreram o policiamento ostensivo de Umarizal e o Grupo Tático de Operações (GTO) de Pau dos Ferros.
O tenente-coronel Romualdo explicou que a Polícia Militar estava desenvolvendo uma ação para conter assaltos que estavam acontecendo nas cidades de Olho D’água do Borges e Umarizal. “Os policias fizeram uma barreira policial entre as duas cidades e o carro das vítimas furou o cerco e fugiu em direção ao mato. Houve confronto e os suspeitos foram feridos. Em seguida, morreram”, detalhou.
Tenente-Coronel Romualdo acrescentou que toda a investigação ficará a cargo da Justiça Comum e cabe à companhia aguardar o resultado dessas investigações sobre o caso.
Fonte: Gazeta do Oeste
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