Vítima de leucemia, o vice que assumiu após o impeachment de Fernando Collor morre aos 81 anos
O ex-presidente da República e senador Itamar Franco (PPS-MG) morreu neste sábado aos 81 anos após um acidente vascular na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
O senador, que havia contraído uma pneumonia grave durante o tratamento contra leucemia ao qual era submetido desde o dia 21 de maio, era divorciado e deixa duas filhas.
De acordo com o hospital, Itamar morreu às 10h15. O corpo sairá de Congonhas às 7h30 deste domingo, com chegada prevista para as 10h em Juiz de Fora, onde acontece o velório. Na segunda-feira, irá para Belo Horizonte para ser velado no Palácio da Liberdade. Ainda na segunda-feira, o corpo será cremado em Contagem.
Políticos brasileiros lamentaram a morte de Itamar. A presidenta Dilma Rousseff, que decretou luto oficial de sete dias, diz que recebeu notícia da morte com "tristeza" e que senador "deixa trajetória exemplar de honra pública".
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deve organizar uma comitiva de parlamentares para acompanhar as cerimônias fúnebres em homenagem ao ex-presidente. A informação foi dada pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR). Segundo ele, que confirmou presença na comitiva, os parlamentares devem seguir para Minas Gerais domingo.
O peemedebista assinalou ainda que o Senado deve realizar homenagens a Itamar durante a semana. “O País perde um grande brasileiro, um homem autêntico, que encarava a política com muita seriedade. Ele tinha uma forma peculiar de fazer política, com muita paixão”, disse.
Foi durante o mandato de pouco mais de dois anos – entre outubro de 1992 e dezembro de 1994 – à frente do Palácio do Planalto que surgiu o Plano Real, programa econômico responsável pela estabilização da moeda.
O plano, apresentado pelo então ministro Fernando Henrique Cardoso, permitiu o crescimento e o otimismo que o País viveu nas últimas duas décadas.
Ao mesmo tempo em que enfrentava a inflação, Itamar foi alvo da língua afiada de críticos de seu governo, que apelidaram sua gestão de “República do Pão de Queijo”, uma alusão às nomeações de políticos do segundo e terceiro escalões de Minas Gerais, seu berço político, para ministérios em Brasília.
Depois do mandato, de volta a Minas, Itamar exibiu um lado genioso ao decretar a moratória das dívidas do Estado.
Fonte: iG
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