Acusado por um assassinato
ocorrido em 2008 no bairro Bom Pastor, zona Oeste de Natal, o ex-policial
militar João Maria da Costa Peixoto, o João Grandão, foi absolvido do crime
nesta quinta-feira (10) em júri popular presidido pela juíza Eliana Alves
Marinho, titular da 1ª Vara Criminal de Natal. O julgamento aconteceu no Fórum
Desembargador Miguel Seabra Fagundes, no bairro de Lagoa Nova, zona Sul da
capital potiguar.
Também estava previsto o
julgamento do irmão de João Grandão e também ex-PM Manoel da Costa Peixoto, o
Néo, no entanto a juíza Eliana Alves Marinho decidiu desmembrar os processos.
De acordo com a 1ª Vara Criminal de Natal, Néo é considerado incapaz em uma
vara cível, possuindo inclusive tutor. Com isso, a juíza determinou que o
acusado deve se submeter a um exame de insanidade mental. O julgamento desta
quinta trata da morte de José Cremildo Fernandes, executado a tiros em dezembro
de 2008. Na ocasião, o filho da vítima, um adolescente de 13 anos, escapou dos
tiros.
Os irmãos Peixoto ganharam
notoriedade na mídia potiguar em 2005, quando foram apontados pelo Ministério
Público como líderes de um suposto grupo de extermínio. Na época, João, Néo e
outros 13 policiais foram presos suspeitos de terem executado pelo menos 26 pessoas
na Grande Natal. Pouco tempo depois, todos foram postos
em liberdade.
João e Néo voltaram a ser
detidos em 2009, quando se apresentaram espontaneamente à polícia, após serem
apontados, também pelo Ministério Público, como autores do homicídio de José
Cremildo.
A morte de Cremildo
José Cremildo estava numa
motocicleta com o filho quando foi assassinado a tiros. O crime aconteceu no
dia 26 de dezembro de 2008 em frente a uma borracharia na avenida Napoleão
Laureano (Km 6), no bairro Bom Pastor, zona Oeste de Natal. Segundo as investigações, dois homens,
também numa moto, se aproximaram e atiraram na vítima. O filho de Cremildo
teria sido poupado.
O Ministério Público afirma
que João Grandão e Néo executaram a vítima para se vingar. No mesmo processo,
os irmãos também foram acusados pela tentativa de homicídio contra o filho de
Cremildo. Desta acusação, ambos foram inocentados.
A vingança contra Cremildo
se daria pelo fato de que a vítima teria atentado contra a vida de João Grandão
no dia 8 de setembro daquele mesmo ano, quando três homens armados o abordaram
em frente da casa da mãe dele, localizada na rua Maceió, em Neópolis, na zona
Sul da cidade.
Naquele dia, a Polícia
Militar informou que criminosos haviam efetuado 23 tiros contra o carro do
ex-PM, sendo que cinco o atingiram. Dois acertaram os braços, uma bala penetrou
a região lombar e outros dois disparos atingiram a perna esquerda. No revide,
João Grandão acabou matando um dos indivíduos. Dos dois que conseguiram
escapar, apenas José Cremildo foi identificado e reconhecido por João.
Fonte: g1.com
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