A estudante Anne Karolyne
Melo contou à reportagem da Rede Record que "sentiu nojo e teve vontade de
cuspir" no policial militar que a teria chamado de “gostosa” no centro do
Rio. O episódio ocorreu em meio à confusão na última segunda-feira (7), quando
manifestantes e policiais se enfrentaram.
Segundo Anne, os PMs
entraram na rua da casa dela, no bairro de Fátima, disparando bombas de efeito
moral. A jovem e outros moradores foram questionar a atitude, alegando que não
havia necessidade de usar os explosivos em uma via residencial. Foi quando, segundo
ela, um PM passou de moto e a chamou de "gostosa".
— Eu me senti enojada. A
palavra correta é enojada. Eu não sei cuspir, mas eu poderia ter cuspido nele.
De nojo mesmo. Achei um absurdo. Achei que ele estava ali fazendo uma operação
desnecessária, porque ele subiu o bairro sem precisar.
Anne reclamou do comentário
machista e, segundo ela, foi abordada instantes depois por um tenente do
Batalhão de Choque, que a deteve por desacato. Este outro agente teria
perguntado: “Sua mãe está boa?”, conforme contou a jovem. Ao colocá-la na
viatura, o policial teria cometido novamente abuso de autoridade.
— Quando eu entrei no carro,
ele disse pra eu ficar calada porque ele não queria ficar ouvindo m... de
patricinha mimada.
A estudante disse que, na
delegacia, o tenente negou as frases que teria dito. Ele afirmou ainda que não
presenciou o policial chamá-la de gostosa. Anne vai responder a processo na
Justiça. Em uma rede social, ela pediu que os amigos compareçam no Juizado
Especial Criminal no dia 9 de dezembro, quando acontecerá a audiência por
desacato. Ela pretende processar o PM que disparou o comentário.
Fonte: R7.com
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