Profissionais do programa
Mais Médicos vindos da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde
(Opas) visitaram, na manhã desta sexta-feira (6), a Casa de Apoio à Saúde do
Índio (Casai) do Paranoá, cidade-satélite do Distrito Federal. Ao todo, 38
médicos cubanos, um colombiano e um brasileiro formado na Venezuela conheceram
o local que é referência no tratamento aos indígenas de várias partes do país.
O evento faz parte do
processo de avaliação e preparação dos profissionais do Mais Médicos. O
objetivo da visita foi de proporcionar uma primeira experiência com a estrutura
e os próprios índios com os quais eles vão trabalhar, a partir do dia 16. Na
Casai, os estrangeiros receberam palestras sobre a atenção primária específica
para povos indígenas, passaram pelos dormitórios, centros de enfermagem e até
apreciaram o artesanato e a culinária nativa durante o almoço.
Carlos Enrique Diaz é um dos
médicos que chegou recentemente de Cuba ao Brasil. Ele já trabalhou por quatro
anos com comunidades indígenas na Guatemala. Prevê que vai encontrar uma
situação parecida por aqui, e, embora já esteja acostumado, acredita que vai
vivenciar uma experiência única propiciada pelo programa Mais Médicos.
“Tenho certeza de que vai
ser algo que vou contar para os meus netos, sobre a viagem que fiz para ajudar
os índios no Brasil. Estou aqui para ajudar e atender a população das
comunidades, tanto indígenas como de periferia. Vou trabalhar onde o povo brasileiro
precisar”, contou Diaz, que deve trabalhar com as tribos em Roraima.
Mais Médicos
Os profissionais da Opas
contribuíram para que fosse cumprida toda a demanda de distritos indígenas
feita ao programa Mais Médicos, segundo o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Maranhão, Amazonas, Acre, Pará, Tocantins e Roraima são os estados onde as
comunidades serão diretamente atendidas. Os 40 médicos desta primeira etapa
começam a atender a partir do dia 16 deste mês.
Durante sessão da comissão
geral na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (4), Padilha também lembrou
que, além de ajudar os índios, os estrangeiros também serão fundamentais para
trabalhar nos 701 municípios onde ainda não há médicos residentes. Estes locais
concentram uma população estimada de 12 milhões de brasileiros.
Fonte: Site da presidência
da República
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