O presidente da Câmara dos
Deputados, Henrique Eduardo Alves, pediu pressa à comissão especial que analisa
a proposta de emenda à Constituição (PEC 196/12)
que acaba com o voto secreto no caso de cassação de parlamentares.
Alves disse que não coloca
mais em votação pedidos de perda de mandato enquanto for mantido o voto
secreto. “Nenhum processo de cassação mais será votado com voto secreto. A
comissão especial que trate de aprovar essa proposta, porque eu assumo esse
compromisso”, disse.
A maioria dos deputados
também responsabilizou o voto secreto pela absolvição de Donadon, que teve o
mandato preservado, apesar de cumprir pena por peculato e formação de quadrilha
por desvios realizados quando era diretor financeiro da Assembleia Legislativa
de Rondônia.
Constrangimento
A líder do PCdoB, deputada Manuela D’Ávila (RS), disse que a votação compromete o futuro da Câmara. “Precisamos votar a PEC do voto secreto para que a sociedade não veja isso se repetir”, disse.
A líder do PCdoB, deputada Manuela D’Ávila (RS), disse que a votação compromete o futuro da Câmara. “Precisamos votar a PEC do voto secreto para que a sociedade não veja isso se repetir”, disse.
Já o líder do Psol, deputado
Ivan Valente (SP), disse que a Câmara não teria passado pelo constrangimento de
manter no cargo um deputado preso se tivesse votado a PEC do voto aberto em
2006 (PEC 349/01). “Se fosse aberto, o resultado seria
diferente”, disse.
Para o deputado Fabio Trad
(PMDB-MS), a Câmara desceu ao seu nível mais baixo e produziu uma situação
jurídica “sórdida”. “É a cumplicidade dos que endossaram o erro de uma pessoa
condenada em sentença irrecorrível e que agora está entre nós”, declarou.
O deputado Glauber Braga
(PSB-RJ) disse que prevaleceu o corporativismo dos deputados. “A Casa se fecha
em si pelo seu espírito de corpo”, afirmou.
Fonte: Portal Câmara dos Deputados
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