O
Rio Grande do Norte está em 16º lugar na listagem dos estados que
apresentaram os melhores índices de desenvolvimento humano nos municípios
brasileiros e em primeiro lugar no ranking nordestino. O resultado foi
anunciado na segunda-feira (29), através do "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013". Duas cidades
potiguares possuem os melhores resultados da região Nordeste: Parnamirim
(0,766) e Natal (0,763).
Índice de Desenvolvimento Humano
Municipal (IDHM) foi criado pelo Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), órgão delegado da Organização das Nações Unidas (ONU).
O IDHM é medido a partir da análise na distribuição de renda, além de
investimentos na educação e saúde. Os municípios são classificados em alto,
médio e baixo desenvolvimento.
As cidades nordestinas que indicaram
alto IDHM são Fernando de Noronha (PE), Recife (PE), Aracaju (SE), São Luís
(MA), Parnamirim (RN), João Pessoa (PB), Natal (RN), Salvador (BA), Lauro de
Freitas (BA), Fortaleza (CE) e Teresina (PI).
Além desses municípios, Mossoró
(0,720) e Caicó (0,710) também apontaram o IDHM de alto desenvolvimento e,
consequentemente, os melhores resultados no Estado. Os motivos para o bom
desempenho do Rio Grande do Norte são a melhoria na distribuição de renda,
redução da mortalidade infantil e investimentos na educação.
Noventa e três (93) municípios do RN
foram classificados como médio desenvolvimento, que corresponde a 55,69% do
estado. Entretanto, 60 cidades ainda indicam baixo desempenho. De acordo com o
IDHM, as regiões Norte e Nordeste possuem o maior crescimento, mas as regiões
Sul e Sudeste tiveram os melhores índices.
Os dados foram analisados a partir da
análise do Censo 2010, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). A análise do desenvolvimento humano começou em 1991 e em 22
anos mostrou que o Brasil avançou 47,8% no IDHM, diminuindo a desigualdade
social.
Ao analisar a colocação do Rio Grande
do Norte nos dados divulgados pelo "Atlas do Desenvolvimento Humano no
Brasil 2013", a secretaria de Estadual de Educação, Betânia Ramalho, disse
que "houve um crescimento expressivo, influenciado também pelo crescimento
do atendimento, na oferta de vagas, mas ainda esperamos mais”.
Segundo a secretária, “em todo o
Brasil, além do Ensino Médio, os gargalos são a evasão escolar e a Educação de
Jovens e Adultos. Por isso, temos trabalhado para tornar a escola mais
interessante, fazendo com que esse grande número de alunos que estão
ingressando na rede pública permaneça na escola, concluindo o Ensino
Fundamental e o Médio”.
Para Betânia, o Brasil também precisa
repensar a sua política de EJA, e “o Rio Grande do Norte já está focado nessa
reestruturação, até pelo fato de estarmos vivenciando o Ano Paulo Freire da
Educação no Estado. Muitos dos nossos adultos não concluíram a Educação Básica
na idade certa e acessaram o mercado de trabalho de forma precária. Daí a nossa
preocupação com em reverter esse quadro para conseguirmos índices ainda
melhores. Já o Ensino Médio está passando por uma reestruturação no currículo,
integrando conteúdos por área de conhecimento, o que deve favorecer o processo
de Ensino e Aprendizagem dos alunos, que já não se interessam pelas antigas
práticas de apresentação dos conteúdos."
Por Assecom/RN
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